A sucessão empresarial é um tema importante e ainda pouco abordado nas empresas brasileiras que são, em sua ampla maioria, negócios familiares. Pesquisa do Instituto Brasileiro de Governança Corporativa revela que 72% dos empreendimentos no País não estão preparados para essa realidade. Contudo, é justamente antecipar essa situação que assegura a sobrevivência do negócio após a saída ou mesmo a perda de seus fundadores.
A passagem de bastão deve conciliar alguns fatores tais como o perfil, os valores e as expectativas de fundadores e sucessores. Nesse sentido, o foco no processo sucessório é preservar a continuidade do negócio e obter a melhoria do que já vem sendo feito.
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Sucessão planejada com antecedência é mais bem-sucedida
Sabemos que a sucessão empresarial no negócio familiar é um tema delicado e, por isso, muitas vezes evitado. Porém, como diz o ditado, se todo mundo combinar, dá certo no final.
Assim, quando a empresa realiza essa conversa é possível preparar os herdeiros para exercer as funções, de modo a adquirir as competências exigidas pelo negócio e também para conquistar o respeito de seus futuros colegas e colaboradores.
A transição inesperada ou forçada gera tensão interna e externa quanto ao futuro da empresa – o que pode causar até a queda no valor das ações.
Um bom exemplo de planejamento é o caso do empresário e apresentador de tv Silvio Santos. Suas herdeiras trabalharam em diversas funções em suas empresas e algumas até trabalharam na concorrência, de modo a ampliar seus conhecimentos do mercado.
Invista em capacitação formal e profissional
Nem só de experiência atrás do balcão vive o empreendedor. O herdeiro que vier a assumir os negócios da família tem o desafio de reconhecer o que deu certo e dar o passo seguinte para que a empresa chegue a mais uma geração.
Certamente, cursos técnicos e de nível superior na área de atuação do negócio são diferenciais importantes. Buscar capacitação em outras áreas proporciona um panorama mais completo: hoje, marketing digital é essencial como antes foi contar com um excelente ponto físico.
Suporte emocional é essencial
Seja numa sucessão inesperada, quando o herdeiro vive um momento delicado devido ao luto ou algum problema de saúde do fundador; ou planejada, quando o desafio principal é conquistar a confiança do time e estabelecer a sua marca, o suporte emocional dá o alicerce para manter o herdeiro empreendedor de pé.
Para isso, é importante montar uma rede de apoio que possa ser acionada de pronto. Essa rede pode ser formada por um tutor, um sócio minoritário ou um funcionário antigo da casa, outros herdeiros, profissionais de coaching e mesmo um psicólogo.
O herdeiro deve assumir responsabilidades antes da sucessão
Quem está no dia a dia do negócio, mesmo que em uma posição considerada menor, tem condições de avaliar melhor o cenário e tomar decisões quando isso for exigido com mais segurança.
É possível ainda que a transição se faça de forma gradual, com o herdeiro recebendo o suporte do fundador ou do conselho gestor da empresa.
Seguro de sucessão empresarial
Há ainda a opção do seguro de sucessão empresarial. Ele pode ser contratado de modo que o(s) herdeiro(s) que desejar assumir o negócio possa comprar a parte dos demais herdeiros, que não desejem seguir na empresa. Para que essa opção seja válida, deve estar previsto no contrato da empresa.
E se ninguém da família quiser assumir a empresa?
Por fim, é possível contratar um profissional do mercado para gerir a empresa – contar com o auxílio de uma consultoria de recursos humanos será crucial para preencher uma posição de tamanha responsabilidade.
Entretanto, ainda caberá aos herdeiros acompanhar o desempenho deste profissional, analisar as metas e cuidar para que haja a preservação dos valores defendidos pelos fundadores.
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Foto de Amy Hirschi em Unsplash
