A arte de precificar corretamente os produtos e serviços assegura a sobrevivência da empresa. Não se apenas trata de cobrar a mais ou a menos que a concorrência. E sim de ter um preço que cubra os custos e gere lucro segundo a sua estratégia de negócios.
Desde já, tenha em mente que a precificação de produtos pode ser usada para maximizar vendas e o faturamento, gerar lucro de pronto, aumentar a participação da empresa no mercado ou reagir às estratégias dos concorrentes.
Em seguida é preciso atenção para que o preço oferecido não seja considerado proibitivo pelo consumidor, seja ele pessoa física ou jurídica.
Ou seja, a sua etiqueta de preço precisa arcar com as despesas do negócio, estar dentro da expectativa do mercado, gerar lucro e ser considerado atrativo pelo seu público-alvo.
Índice
Você está cobrando o preço certo pelos seus produtos?
O primeiro passo para analisar a fundo os seus preços é calcular quanto você investiu para produzir ou comprar cada produto ou oferecer cada hora dos seus serviços.
Na ponta do lápis irão entrar o custo da matéria-prima, mão-de-obra, tempo de produção, custo de entrega etc.
Despesas fixas e variáveis na precificação de produtos
Agora iremos jogar luz sobre as contas da empresa, separando os gastos fixos dos variáveis:
- Despesas fixas: são aquelas que acontecem independente do seu faturamento como o aluguel, conta de telefone, luz, internet, folha de pagamento, o pró-labore dos sócios etc.
- Despesas variáveis: são esporádicas e variam conforme o volume de vendas, como gastos com emissão de boletos, frete, marketing, comissões por vendas, impostos etc.
É importante que as despesas sejam quitadas em sua totalidade por meio das suas vendas. Você pode fazer isso, basicamente, de duas maneiras:
Diluindo os custos no mix de produtos – assim você define porcentagens de contribuição diferentes para cada um deles. Nesse sentido, você deve apontar quanto de cada produto precisa ser vendido para pagar as contas e gerar lucro;
Calcular uma taxa que gere uma margem de contribuição – ou seja, que pague as despesas fixas e variáveis, de modo que o que sobrar seja o lucro líquido.
Seja como for, não esqueça de incluir os impostos nesses cálculos!
Siga a sua estratégia de preços, mas saiba quando reavaliar
Se você definiu uma margem de contribuição para que seu negócio seja bem-sucedido, é vital respeitá-la. Afinal, ela não foi definida apenas para ficar no papel.
Suponhamos que tenha sido definido um ganho de 27% sobre o custo de cada item/ serviço – você deve se ater a ele na hora de definir seus preços.
Tenha em mente também um valor mínimo pelo qual vale fechar a venda – essa informação é interessante para calcular descontos em caso de vendas maiores, por exemplo.
Porém, se um produto está dando prejuízo, é melhor passá-lo adiante por um valor um pouco abaixo do desejado em vez de mantê-lo no estoque.
Markup x margem de lucro
Markup bem como margem de lucro são duas ferramentas para definir quanto é ganho ao final de cada operação/ período de faturamento.
Enquanto a margem de lucro define a porcentagem que entra no caixa quanto todos os custos são pagos, o markup é a taxa percentual aplicada aos produtos, ou seja, o lucro desejado.
Pratique o benchmarking durante a fase de precificação
Benchmarking é um termo chique, e em inglês, para a velha prática de estudar o mercado. Esteja por dentro dos preços, serviços e práticas da concorrência.
Se os seus preços, eventualmente, ficarem muito acima do praticado pelo mercado, reavalie a situação para evitar que o estoque fique parado. Ou, pior, que você não consiga fechar novas vendas.
Para mais informações sobre como fazer a precificação dos seus produtos e como calcular os impostos para não ter prejuízos com as vendas e descontos, fale agora com um dos nossos especialistas.
Foto de Karolina Grabowska no Pexels